Pantanal Norte

O Pantanal é um paraíso ecológico no coração do Brasil. É a maior planície alagada do planeta, e a terceira maior reserva ambiental do mundo. Sua importância ecológica é imensa, pois abriga um dos mais ricos ecossistemas já encontrado até hoje, com florestas estacionais periodicamente alagadas.
Apresenta a maior concentração de fauna do neotrópico, incluindo várias espécies ameaçadas de extinção – entre mamíferos, répteis e peixes -, além de servir como habitat para uma enorme variedade de aves, tanto nativas como provenientes de outras áreas das Américas.
A abundância de animais faz da região do Pantanal um dos lugares mais propícios do Brasil para observação da flora, fauna e para a prática da pesca – permitida somente entre março e outubro. A área total é de 230 mil quilômetros quadrados, abrangendo 12 municípios dos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ao Norte, estão as serras dos Paracis, Azul e do Roncador. A Leste, a Serra de Maracaju. Ao Sul, a Serra da Bodoquena. E, a Oeste, os charcos paraguaio e boliviano. O Pantanal mato-grossense é tão diverso que foi subdividido, por pesquisadores, em sub-regiões. Cada “Pantanal” – Norte e Sul – tem características naturais próprias e, conseqüentemente, atividades e épocas ideais para visitação.
O Parque Nacional do Pantanal foi criado em 1981, mas somente em 1993 foi designado como Área de Preservação Ambiental - APA. Seu portal de entrada está localizado no município de Poconé, que fica a 102 km da capital do Estado do Mato Grosso, Cuiabá.
Foi reconhecido como Reserva da Biosfera Mundial pela Unesco - Organização das Nações Unidas Para a Educação, Ciência e Cultura. A conferência deste título fez crescer o apoio vindo do governo e da sociedade para a conservação das riquezas e a implantação de uma política de desenvolvimento sustentável na região. A sede da Reserva fica em um platô - a salvo de inundações – e conta com Centro de Visitantes e embarcações.
Para conhecer o Parque Nacional do Pantanal é preciso ir de barco, saindo de Porto Jofre, com o acompanhamento de um guia e autorização prévia do Ibama – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Isso torna a atração um pouco mais cara, mas sempre é possível pechinchar. É imprescindível o uso de repelente de insetos, protetor solar, chapéu ou boné, roupas leves e botas impermeáveis. E como não há estrutura no parque, aconselha-se levar comidas leves, frutas e água para o passeio.
Não há alojamento disponível dentro do Parque, portanto é preciso ir e voltar no mesmo dia. Não é permitido fazer caminhadas ou trilhas. Pesca - mesmo a esportiva -, e caça são rigorosamente proibidas entre os meses de novembro e fevereiro, assim como focagem noturna de jacarés por conta própria.
A melhor época para visitação é de maio a setembro, quando chove menos. Nos meses de março a abril, quando as águas começam a baixar, a observação da fauna torna-se melhor. Na época das chuvas, entre outubro e fevereiro, é grande a quantidade de mosquitos, o calor é intenso e a Rodovia Transpantaneira fica praticamente intransitável.

Eventos
Festival Internacional de Pesca

Acontece na cidade de Cáceres, a 215 km de Cuiabá. É um dos maiores torneios de pesca do mundo. Acontece na segunda quinzena de setembro e atrai cerca de 100 mil pessoas para a cidade. As provas reúnem mais de 1.500 competidores, entre adultos – que pescam embarcados –, e crianças, que têm uma competição à parte. Shows de grupos regionais, competições esportivas, feiras náuticas, artesanato e comidas típicas completam a programação.

Cavalhadas
Acontecem anualmente no município de Poconé, a 102 km de Cuiabá. Trata-se de um espetáculo ao ar livre, que simula uma batalha entre mouros e cristãos. Essa tradição chegou ao Estado em 1769.

Atrações
Rio Paraguai

A espinha dorsal do Pantanal é o Rio Paraguai, que corta a região de norte a sul e recebe as águas dos rios Miranda, Aquidauana, Taquari e Cuiabá. De outubro a abril, as cheias fazem surgir enormes lagos, baías, braços de rio e corixos - canais de escoamento. Um passeio de barco ao longo dessa maravilha natural pode proporcionar belíssimas paisagens.

Rodovia Transpantaneira
Liga a cidade de Poconé a Porto Jofre, às margens do Rio Cuiabá. São 149 km de terra, com 126 pontes de madeira. No caminho, é possível observar animais selvagens, principalmente jacarés, capivaras e aves, entre outros animais silvestres. O início da manhã e o fim da tarde são os melhores horários para a observação da fauna. Muitos turistas percorrem o trecho em um passeio de um dia, saindo de Poconé, almoçando em uma das pousadas do caminho e retornando à tarde. No período das chuvas - de novembro a abril - a estrada fica precária a partir do km 65. A melhor época do ano para o passeio vai de maio a outubro, quando as águas baixam. É recomendável o uso de veículos 4x4.

Sesc Pantanal
A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do SESC aumenta em um terço o total deste ecossistema preservado no Estado de Mato Grosso, legando às gerações futuras uma rica amostra de biodiversidade para estudos sobre agricultura, pecuária, aqüicultura, biomedicina e manejo de fauna silvestre. Além de garantir proteção oficial para uma parcela considerável do Pantanal e atender a requisitos de manejo sustentável - inclusive na forma de benefícios fiscais -, uma reserva com estas características pode estimular iniciativas do gênero em outras regiões do Brasil, contribuindo para o estabelecimento de um sistema nacional de unidades de conservação.

Ornitologia ou Observação de aves
Foram observadas 161 diferentes espécies de aves no Pantanal. Mas calcula-se que há no local muitas espécies que ainda não foram encontradas durante o período de observação.

Ecoturismo
Passeios a cavalo e de barco, caminhadas para observar animais, safáris fotográficos – a bordo de carros 4x4, a cavalo ou em canoas –, e pesca de piranhas são os principais programas para quem quer conhecer a exuberância da fauna pantaneira. Antigas fazendas de gado foram adaptadas para receber visitantes e oferecem esse tipo de programação e passeios aos turistas que apreciam o ecoturismo.