São Gabriel da Cachoeira
São Gabriel da Cachoeira fica na margem esquerda do Rio Negro, a 850 km de Manaus - em linha reta, pois lá só se chega de barco ou avião. Faz fronteira com a Colômbia e a Venezuela, além de ser o principal acesso ao Pico da Neblina, o ponto mais alto do Brasil, com 3.014 m de altitude.
A cidade é emoldurada pela Floresta Amazônica com suas serras imponentes - como a da Bela Adormecida -, as grandes corredeiras do Rio Negro, as belas praias fluviais de areias brancas, cachoeiras, corredeiras e morros.
Num rápido passeio a pé podem-se conhecer as principais edificações de São Gabriel da Cachoeira, como a igreja principal; o colégio São Gabriel, de onde se tem uma boa visão do Rio Negro; e a sede da Federação das Organizações Indígenas do Alto Rio Negro - FOIRN, onde é possível comprar artesanato indígena, consultar publicações desses povos e ver fotos históricas.
Em São Gabriel da Cachoeira cerca de 90% da população é composta por índios e descendentes. A maior parte do município é formada por terras indígenas, só acessadas com autorização da FOIRN. A região reúne, ao longo do médio e alto Rio Negro, 430 povoados que abrigam cerca de 35 mil índios de 23 grupos distintos. Juntos, eles representam 10% da população indígena brasileira.
O clima da região apresenta temperaturas médias anuais acima de 25ºC. A umidade relativa do ar é superior a 80%. Mesmo no mês mais frio, as temperaturas ainda ficam acima de 20ºC, inexistindo inverno climático. A época mais chuvosa é entre agosto e dezembro.
São Gabriel da Cachoeira é considerada ponto de apoio aos visitantes que desejam conhecer o Pico da Neblina; mas a cidade ainda não está completamente estruturada para receber um grande número de turistas. As acomodações são simples e em número reduzido. O mesmo acontece na área gastronômica, pois são poucos os restaurantes e lanchonetes preparados para atender grandes grupos.
Atrações
Parque Nacional do Pico da Neblina
É o segundo maior Parque brasileiro e o terceiro de toda a América Latina. Apresenta diversificada beleza paisagística. Em seu conjunto de montanhas situa-se o ponto culminante do Brasil, o Pico da Neblina, com 3.014 m de altitude - alvo permanente da atenção de cientistas e pesquisadores. Também se encontra em seus limites a segunda maior elevação do País, o Pico 31 de Março, com 2.992 m. A vegetação da área compreende diversas formações e abriga uma das faunas mais ricas do país, com várias espécies ameaçadas de extinção. As visitas devem ser agendadas e somente são realizadas com o acompanhamento de guias. Para obter mais informações ligue na sede do Parque, +55 (97) 3471-1617.
Reserva Biológica Estadual Morro dos Seis Lagos
Localizado dentro da área do Parque Nacional do Pico da Neblina, conta com seis lagos de cores diferentes – fenômeno que se dá devido aos minérios presentes ali. No local, foram detectadas valiosas reservas de nióbio, um material usado em ligas de alta tecnologia; além de boas quantidades de tantalita e cassiterita. Sua área coincide com a da Terra Indígena do Balaio, e somente pode ser visitada para fins educativos e de pesquisa. A flora e a fauna do morro são constituídas de pequenas árvores e animais, como onças e jaguatiricas, entre outros. O pássaro mais comum ali é o capitão-do-mato, uma espécie de sentinela da floresta cujo assobio é como um alerta geral. Há pouca água potável – a dos lagos é imprópria para se beber, sendo indicada apenas para banhos.
Morro da Fortaleza
Trincheiras do forte construído ali em 1763. A grande atração é a pedra da Anta e seus estranhos desenhos em alto relevo: um pernil, víceras de animais e uma pegada humana. As lendas contam que são restos petrificados de uma anta, que alimentou uma tribo faminta que vagava pela região.
Morro da Boa Esperança
Na subida do morro, painéis de azulejos na rocha relatam a via-crúcis. No alto, encontram-se as capelas de Nossa Senhora Auxiliadora e do Cristo Crucificado. Ao lado, duas pedras gigantescas se equilibram sobre outras menores.
Serra da Bela Adormecida
As montanhas desenham o perfil da princesa do conto de fadas, com seios fartos e cabelos escorridos, que adormece a 30 km da cidade, esperando até hoje o beijo do príncipe. É bonito apreciá-la do alto do Morro da fortaleza.
Praia Grande
No Rio Negro, esta e outras pequenas praias são temporárias, e aparecem entre setembro e janeiro - na época da seca do rio. A Praia Grande tem uma faixa de 500m de areia branca e águas geladas, por causa dos riachos que descem do pico da Neblina. Não se iluda com a aparência tranquila do rio, pois a correnteza é forte e traiçoeira.
Linha do Equador
Situada na BR-307, por volta do km 25. Na estrada, uma placa e um bloco de concreto revelam onde passa a linha imaginária que divide a Terra em duas partes. Vale uma foto bem interessante.
Aldeias indígenas
Tucanos, Ianomâmis e Banivas vivem no Alto Rio Negro. As aldeias mantêm os costumes primitivos. O acesso se faz por voadeiras - barcos com motor de popa -, em viagens que duram de 6h a 12h. As visitas são realizadas somente com autorização da Funai. Mais informações: +55 (92) 3471-1187.